Praças Santarém

Praça do Centenário

A Praça do Centenário foi inaugurada em 24 de outubro de 1948, tendo sido projetada pelo artista santareno Manoel Maria de Macêdo Gentil. Localizada entre as avenidas 24 de Outubro e Silvério Sirotheau Corrêa, o espaço representa a integração do bairro da Aldeia - um dos mais antigos - ao centro da cidade.

Historiadores contam que, no século 19, Santarém era dividida em duas partes: a cidade, demarcada entre o que é hoje a Praça Rodrigues dos Santos e o morro da Fortaleza, e o bairro da Aldeia, habitada por descendentes de índios e pela população mais pobre.

O “Largo do São Raimundo”, como era chamado antigamente, tem em seu centro a imagem de um índio, obra trabalhada pelo artista santareno João Fona. Ao lado, formando a decoração da praça, encontra-se a estrofe de um poema de Castro Alves e dois canhões, que nunca foram utilizados, pois jamais chegaram à Fortaleza do Tapajós, seu destino original. Os itens permaneceram por quase um século no leito da Rua Galdino Veloso.

A Praça do Centenário foi inaugurada em celebração aos primeiros 100 anos de elevação de Santarém à categoria de cidade. O governo de Manoel Gentil prestou uma homenagem aos moradores do bairro da Aldeia, por ser um dos mais tradicionais da cidade.

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Praça Barão de Santarém

A Câmara Municipal, que funcionava em prédio alugado, desejava construir sua própria sede, depois que Santarém foi elevada à categoria de cidade em 1848. Encomendado o projeto, o engenheiro que o elaborou sugeriu sua construção para além do morro da fortaleza, no sentido Leste, argumentando que ali o clima era mais ameno, além de forçar a cidade a expandir-se para aqueles dois lados.

Houve protestos, pois achavam que, além do morro da Fortaleza era mato, não havendo ainda a cidade chegado até lá, não existindo, por tanto, o bairro Prainha. Mas prevaleceu o bom senso. Os vereadores aceitaram a sugestão lógica do engenheiro e mandaram abrir um quadrilátero na mata e lhe deram o nome de Praça da Municipalidade, iniciando imediatamente a construção da Intendência (Prefeitura), isto em 1853.

Com a morte do Barão de Santarém, ocorrida a 16 de agosto de 1882, uma Lei Municipal foi sancionada dando à Praça da Municipalidade o nome de Praça Barão de Santarém, com caráter de perpetuidade.

O Barão de Santarém, Miguel Antônio Pinto Guimarães, nasceu em Santarém no dia 8 de janeiro de 1808 e faleceu a 1882, aos 74 anos de idade. Miguel Antônio Pinto Guimarães galgou vários postos da vida pública tais como juiz de Paz, Coletor de Rendas Provinciais, Comandante da Guarda Nacional, Vereador e Presidente da Câmara entre 1857 e 1872 (ainda sem o título de Barão) e de 1873 e 1876, já como Barão de Santarém. Foi também Deputado Provincial, Vice Presidente da Província do Grão Pará, aquilo que corresponderia hoje a Governador do Estado.

A Praça é também conhecida popularmente como Praça São Sebastião, por ficar ali a então capela, hoje Matriz de São Sebastião.

Os grandes eventos culturais da cidade concentram-se na Praça Barão de Santarém, que possui maior estrutura física, árvores e anfiteatro. Atualmente, eventos menores estão sendo direcionados à Praça do Mirante, antigo forte Tapajós, que mais tarde viria a se popularizar como pracinha do Colégio Frei Ambrósio. O local foi construído por missionários portugueses em cima de uma colina para evitar a invasão de inimigos.

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Praça do Pescador

É relativamente nova. Ali havia uma praia, à esquerda do ainda existente Trapiche Municipal. Ao nível da rua Lameira Bittencourt, antiga titulada “João Pessoa”, havia uma mureta de alvenaria que ia do “Bar Mascote” até ao Trapiche Municipal. Mas tarde, essa área entre o Trapiche e o Bar Mascote foi aterrada em cerca de 20 metros de largura, nascendo daí o então “Cais Mocorongo” depois titulado “Praça do Pescador”, construído na Gestão do Cap. Elmano M. de Melo na época interventor Federal de Santarém.

Com a construção da moderna “Orla Fluvial” pelo Prefeito Dr. Joaquim de Lira Maia, o espaço foi ampliado e recebeu moderna urbanização, e apresenta um monumento criado por Laurimar Leal, a estátua de São Pedro pescador.

A Praça do Pescador, cartão-postal de Santarém, se tornou um local conhecido por agregar o Casario Solar do Barão, construído por Miguel Antonio Pinto Guimarães, proprietário de terras que foi agraciado com o título de Barão de Santarém pelo imperador Dom Pedro II. O prédio se destaca por sua arquitetura e mostra a ostentação de um tempo em que Santarém já despontava como uma das principais cidades da Amazônia.

A Praça do Pescador também é conhecida, por agregar um bom público que transita pela orla da cidade. Sem falar em seus jardins e chafariz que encantam os olhos de quem passa por lá. Para quem está distante desse pequeno paraíso chamado Santarém, você pode matar um pouco da saudade acompanhando as fotos atualizadas da famosa Praça do Pescador.

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Praça do Mirante do Tapajós

Era lá que ficava a extinta Fortaleza do Tapajós. Na década de 1950, o Padre Manuel Rebouças Albuquerque mandou fazer, às suas expensas, um busto ou herma em bronze de Frei Ambrósio Philipsenburg, de quem foi discípulo. Esse busto depois foi colocado pela Municipalidade na “pracinha anexa à Praça Monsenhor José Gregório (em frente ao Centro Recreativo), a cuja pracinha foi dado o nome de Bulevar Frei Ambrósio

Aproximadamente vinte anos mais tarde, como houvesse sido construída uma praça em “frente” o lado que dá para o rio, decidiram transferir para ali o busto do ilustre franciscano. Isto foi feito em noite festiva, com desfile transportado a herma do frade para o novo local. Presidiu o ato, além de autoridades municipais, o Bispo Dom Tiago Ryan.

A partir dali, à pracinha foi dado o nome de Mirante do Tapajós pelo fato de que, dali, se descortina, com maior amplitude, o belíssimo espetáculo de encontro dos dois rios: Tapajós e Amazonas.

O IHGTap tem um projeto que pretende mudar o nome da praça novamente, passando a ter a denominação de Praça Fortaleza do Tapajós para que as pessoas, mesmo sem auxílio de guias turísticos, saibam o valor histórico-cultural do local. Atualmente, canhões foram colocados no logradouro para dar ainda mais as características da fortaleza.

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Praça Dr. Rodrigues dos Santos

A praça Dr. Rodrigues dos Santos foi das que teve maior número de denominações, entre nomes oficiais e não oficiais. Vamos começar pelos não oficiais, partindo dos primórdios de nossa história. Era lá, onde hoje é a Praça Rodrigues dos Santos que ficava o agrupamento principal dos índios Tupaius ou Tapajós, quando aqui chegou o fundador de Santarém, o Padre João Felipe Bettendorf. Era um grande quadrilátero aberto na mata e que os índios denominavam de Ocara-Açu, que quer dizer Terreiro Grande.

Como foi lá que Bettendorf construiu a primeira igreja, que foi dedicada a Nossa Senhora da Conceição, os próprios índios mudaram o nome Ocara-Açu para Tupana-Ocara, que quer dizer Terreiro de Deus. Com passar dos anos, conforme algo importante ocorresse no local, os nomes iam mudando. Esses nomes não oficiais foram: Largo das Amendoeiras, Largo do Teatro, Largo da Usina, Praça das Missões, Praça do Congresso e até recentemente Praça do Cruzeiro.

Esses nomes não eram oficiais, mas era por esses apelidos que a Praça era denominada pelo povo da cidade. Agora, quanto aos nomes oficiais foram: Praça da Imperatriz, ao tempo do Império. Com a queda da Monarquia, ocorrida em 1889, a praça teve seu nome mudado para Praça da República, e assim foi até 1926. Em 25 de novembro de 1926 veio a falecer o ilustre santareno Dr. Manoel Waldomiro Rodrigues dos Santos e no ano seguinte (1927) à Praça da República foi dado o nome de Praça Dr. Rodrigues dos Santos, nome oficial que permanece até nossos dias. Até agora foram oito os nomes não oficiais e três os oficiais. Onze denominações, portanto, para um mesmo local.

É bom lembrar que foi lá que nasceu a nossa cidade de Santarém. Em 1967 o Prefeito Elias Pinto colocou lá uma estátua de corpo inteiro e no tamanho natural do Brigadeiro Haroldo Velosos, que, anos depois, foi de lá retirada.

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Praça Tiradentes

Ali onde hoje está a Praça Tiradentes, funcionava o Matadouro Municipal, então chamado de Curro. Como a cidade estivesse se expandido para o lado Oeste, decidiram tirar dali o Curro, que foi transferido para mais além. O local então passou a ser chamado Curro Velho. Mas, pouco a pouco as construções de alvenaria começaram a aparecer ali, configurando já uma praça. Em data não muito precisa (pois a praça foi crescendo pouco a pouco) o apelido de Curro Velho foi sendo abolido e ao logradouro foi dado o nome de Praça Tiradentes, em homenagem ao protomartir da Independência do Brasil, Joaquim José da Silva Xavier.

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Praça Monsenhor José Gregório

Depois da Praça Dr. Rodrigues dos Santos, a Praça Monsenhor José Gregório é a mais antiga de Santarém. Lá já foi cemitério e passou a ser a Praça da Matriz após a construção da atual igreja de Nossa Senhora da Conceição, que teve seu início em 1761. No princípio não havia ainda a arborização e a praça em frente à igreja era de chão batido, que descia desde a igreja até o barranco à beira do rio. Ao centro dessa praça, havia um grande cruzeiro, que desapareceu nos primeiros anos do século XX. O cruzeiro foi substituído por coretos provisórios onde as bandinhas locais tocavam durante as festas da padroeira.

Foi somente em 1917 que o então Prefeito (interino) Dr. Oscar Barreto promoveu a arborização da Praça com “fícusbenjamins”, árvores ornamentais ainda hoje existentes, e colocou um coreto mais ou menos permanente ao centro dela. Então, foi somente a partir de 1917 que à frente da igreja de Nossa Senhora da Conceição foi construída uma praça de verdade.

Por que a “Praça Monsenhor José Gregório”? Atendendo apelos dos santarenos que não estavam satisfeitos com o vigário que tinham, o Bispo de Belém Dom Antônio de Macedo Costa colocou a frente da igreja de Santarém um pároco digno, zeloso e culto, o Cônego José Gregório Coelho. Naqueles tempos, isto é, até 1904, quem resolvia as coisas da igreja local era o Bispo de Belém, pois Santarém ainda não tinha bispo. Bispos em Santarém só a partir de 1904, com a criação da Prelazia.

O Cônego, depois Monsenhor José Gregório foi muito estimado por seus contemporâneos de Santarém, por isso que, após seu falecimento, a até então Praça da Matriz passou a ser designada oficialmente Praça Monsenhor José Gregório.

E já nem mais teria sentido o nome de Praça da Matriz porque em nossos dias (2006) também outras igrejas da cidade são Matrizes tais como São Raimundo, São Sebastião, Fátima, Santíssimo e outras.

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Praça 31 de Março (Praça dos Três Patetas)

Havia um espaço aberto no cruzamento das ruas Mendonça furtado, Rui Barbosa e Professor José Agostinho, no bairro da Prainha. Não tinha nome e lá a Prefeitura Municipal, tendo à frente o Interventor Federal Capitão Elmano de Moura Melo construiu uma pracinha, a qual deu o nome de “Praça 31 de Março”. É que estávamos em pleno regime militar interventor pretendeu perpetuar a data tida como a da deflagração do movimento. Ao escultor Laurimar Leal encomendou uma estátua de concreto, com a figura de três soldados (Exército, Marinha e Aeronáutica) e a colocou lá. Mas, o nome de “Praça 31 de Março” nunca pegou e as pessoas chamavam aquela pracinha de Três Poderes no suposto errôneo de que o Exército, Marinha e Aeronáutica constituíssem os três poderes. Ora, os três poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e não Exército, Marinha e Aeronáutica, que são as Forças Armadas.

Mas sempre os gozadores... ou os insatisfeitos, que não toleravam o regime militar e, em alusão à estátua dos três soldados colocados como monumento na praça, passaram a apelidá-la de “Praça dos Três Patetas”. O apelido pegou. Não são poucas as pessoas que ainda chamam aquele Logradouro de Praça dos Três Patetas, o que decididamente não está correto. O nome da praça é mesmo “31 de Março”, pelo menos até agora.

Com a volta do Brasil ao regime democrático, a estátua dos três militares que adornava a pracinha sumiu, ninguém sabe quem a tirou de lá ou para onde a levaram. O conjunto era pesadíssimo, pois era de concreto e as figuras tinham o tamanho natural de um homem.

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FAQ

Como preservar?
Recolher materiais plásticos, bitucas de cigarro ou lixos em geral deixados por cidadãos mal-educados em áreas verdes, por exemplo, é uma forma de zelar pela conservação da cidade.
Referência bibliográfica
FONSECA, Wilde Dias da. Santarém: Logradouros Públicos. 1ª. ed. Santarém: ICBS, 2007.
Onde estão localizadas
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